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Jovem do interior de São Paulo viaja mais de 2 mil quilômetros para doar medula óssea


Quatro anos depois de fazer o cadastro nacional, a estudante de 24 anos, recebeu uma ligação: o Redome havia encontrado um paciente 100% compatível com ela.

“O tempo todo, principalmente quando eu sentia algumas dores, eu pensava assim: a pessoa que vai receber a medula provavelmente deve ter passado por situações muito mais complicadas.”

O relato é de uma jovem de Bauru (SP), que atualmente mora em Lins. Ela decidiu sair da zona de conforto e viajou até Recife (PE), a 2.199 quilômetros de distância, para doar medula óssea a um paciente 100% compatível com ela.

Apesar de não conhecer a pessoa que recebeu a doação, a estudante de psicologia Giovanna Venarusso Crosara, de 24 anos, tem certeza que o gesto valeu a pena e fica feliz em saber que pode ter ajudado a salvar uma vida.

O mês de fevereiro é dedicado ao diagnóstico precoce da leucemia e à conscientização sobre a doação de medula óssea, através da campanha nacional “Fevereiro Laranja”.

Mas não existe data certa para se tornar um doador: basta fazer um cadastro no Redome, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, e esperar que o programa encontre um paciente compatível. O transplante de medula pode ajudar pessoas com doenças que afetam as células do sangue, como a leucemia. 

A jovem foi até o hemocentro de Marília para tirar uma amostra de sangue e enviar os resultados ao Redome. Em dezembro, a equipe retornou a ligação e confirmou que Giovanna era 100% compatível com um paciente que estava precisando de um transplante de medula óssea.

Depois da confirmação, Giovanna começou a acertar a parte burocrática com a equipe do Redome que, segundo ela, sempre a questionava se ela gostaria de continuar com o processo voluntário.

“Fiz exame de Covid, tomografia, exame de sangue e tomei uma injeção para estimular minha medula. Minha doação foi no dia 25, deram sedativo, fiz o procedimento e não vi nada, só acordei na salinha de recuperação”, relata Giovanna.

De acordo com o Redome, a doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, no qual a medula é retirada do interior de ossos da bacia por meio de punções. O procedimento leva em torno de 90 minutos e a medula óssea do doador se recompõe em 15 dias.

A jovem voltou para casa e disse que agora vive com a curiosidade de descobrir quem recebeu a sua medula, o que só pode ocorrer um ano e meio após a doação, se as duas partes quiserem.

Por Júlia Nunes Fonte: G1 Bauru e Marília.

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