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Rede de lojas cria uma das primeiras plataformas de crediário online de Sergipe e mantém as vendas em alta na pandemia


 O mineiro Jose Bernardes Fernandes Neto, 32 anos, que há sete anos mora em Sergipe, sócio-proprietário da Rede de lojas Minas, de moda e calçados, pertencente ao Grupo EMES, junto com seus dois sócios criou, no começo da pandemia, a plataforma crediariolojaminas.com.br, de modo a digitalizar rapidamente suas vendas de crediário, que eram presenciais. A iniciativa, junto com algumas ações de marketing bem assertivas, salvou o seu negócio.

“O projeto nasceu no papel em março de 2020, e a plataforma entrou no ar quatro meses depois, em julho. Tínhamos pressa, porque no primeiro lockdown as vendas simplesmente despencaram e foram muitas as dificuldades. Estudamos formas de e-commerce, sendo que 75% do faturamento das vendas da rede era por crediário”, explica Neto. Segundo o empresário, antes da pandemia o crediário em sua Rede era presencial com promissória, o consumidor pagava e assinava na loja. “Agora digitalizamos todo o processo, com emissão de boleto online”, completa. A marca tem mais de 10 mil produtos sendo comercializados no e-commerce e a intenção é ter cada vez mais. “Recentemente fizemos um trabalho de atualização e aperfeiçoamento da plataforma de forma a alinhar todas as comunicações e vamos reinaugurar em breve. Tudo estará online: www.lojaminas.com.br”, diz satisfeito.

O empresário conta que para fazer crediário teve que conversar e renegociar com fornecedores. “Claro que precisamos estender os prazos de pagamento e renegociar as dívidas. Os fornecedores ajudaram bastante, foi o principal esteio financeiro. O que nos permitiu, também, não cancelar nenhum pedido neste período de pandemia. Ficamos com 100% das mercadorias, apenas renegociamos”, conta.

Conforme Neto, o crediário ajuda no CRM (Customer Relationship Management – Gestão de Relacionamento com o Cliente) do negócio também. “Sempre estudamos formas de reativar clientes e de retenção, e colocamos em prática algumas ações que estão dando certo. Nosso CRM está sendo aperfeiçoado”.

Outra questão importante que não passou desapercebida por Neto é a entrega. “Sergipe é o menor estado do Brasil, então a logística é fácil, permite entregar no prazo máximo de dois dias”.

Criatividade

Mas o crediário online não foi a única ação dos proprietários da Rede Minas. Logo no início do lockdown, foi realizada uma ação de marketing: o Cartão Presente com bônus, na qual o cliente ganhava 20% no valor do cupom que havia adquirido. Se o consumidor comprasse R$ 100,00 em produtos, por exemplo, recebia um cupom para gastar R$ 120,00 assim que as lojas reabrissem”. Essa ação durou 40 dias e foi feita pelas redes sociais da Rede, sobretudo Instagram (@lojaminas – 23 mil seguidores). “Tivemos muitas adesões, pois além do insta da Rede Minas ainda temos os instagrans de cada loja, com um total de 80 mil seguidores”, conta Neto.

Período de desafios

O varejista conta que desde o ano passado com a pandemia o varejo atravessa momentos bem difíceis. “Desde o começo da pandemia até hoje o faturamento da rede Minas caiu, em média, na somatória 25%. Mas, desde abril de 2021, voltou a ficar normal, grata surpresa. Acredito que deva ter sido pela interferência do governo com os auxílios que, apesar de serem valores baixos, já causaram impacto positivo nas vendas. É um incentivo ao varejo. E, vale ressaltar, que é muito importante que nesse momento de retomada nós tínhamos estoque de produtos para vender. Muitos não conseguiram”, avalia Neto.

O ticket médio do negócio das lojas Minas é de R$ 150,00 e um dos diferenciais é que a Rede vende, por exemplo, produtos das marcas Nike e Adidas em até 12 parcelas. “Quer dizer, nós damos acessibilidade à moda de boas marcas para consumidores das classes baixa C e D. Também temos um pouco de clientes das classes B e pouquíssimos da A”.

Expansão

A rede de lojas Minas possui 5 unidades nas regiões sul e centro-sul de Sergipe (uma no município de Itabaianinha, outra em Tobias Barreto; e 3 lojas Itaporanga d’Ajuda). Uma delas, além de moda e calçados, também vende artigos de cama, mesa e banho. A marca existe há 15 anos, e nasceu com os sócios de Neto, os irmãos Jean Marques Lopes e Julio Marques Lopes, que também são mineiros e chegaram antes em Sergipe.

Com toda essa criatividade, ao invés de fechar lojas na pandemia, a Rede Minas irá expandir, com a abertura a princípio de mais uma unidade, dessa vez, na Bahia, na cidade de Ribeira do Pombal. “Também estamos organizando o lançamento de um novo nome da Rede: EMES (nome do Grupo, que detém a marca de lojas que hoje é Minas), que começará com essa nova loja da Bahia”.

O escritório Purchase Comunicação e Marketing, de Sonia Paloshi, que também é diretora de Visual Merchandising da ABIESV, está responsável por essa nova comunicação, logomarca e VM da rede, que começa pela nova loja na Bahia e depois se estenderá para as demais. “Até final de 2022 todas as lojas que temos Minas vai mudar para EMES”. Neto e seus sócios estão ‘dando a volta por cima’ e se reinventando no varejo.  “Hoje vivo muito bem em Sergipe, onde reconstruí a minha vida profissional e financeira”, finaliza o empresário.

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